sexta-feira, 6 de maio de 2011

Você conhece a relação entre o ocultismo e as Testemunhas de Jeová?

Russell e a Maçonaria

A Maçonaria é a maior fraternidade "secreta" do mundo. 
Sabe-se que alguém se torna maçom apenas por ocasião de um elaborado ritual de iniciação e que só os membros dessa "irmandade" têm acesso à sua liturgia.
Segundo uma vertente histórica, a Maçonaria teria sido fundada na Inglaterra, em 1717, por um sacerdote anglicano e um huguenote (nome dado aos protestantes na França), o que explicaria o fato de encontrarmos, entre os maçons, membros de denominações protestantes. Deveras, o  vínculo histórico entre a Maçonaria e o protestantismo culminaria em um cisma na Igreja Presbiteriana do Brasil, em 1903, nascendo a Igreja Presbiteriana Independente - representativa dos setores protestantes contrários à Maçonaria.  

O fundador do movimento " 'Testemunhas de Jeová”, Charles T. Russell  cresceu em um ambiente presbiteriano, conhecendo conceitos místicos comuns a sua época e cultura. Tomando-se isso em conta e considerando-se que a Maçonaria se diz supra-religiosa, é natural perguntar: teria o 'pastor' herdado uma formação religiosa sincrética - produto da atmosfera protestante norte-americana do século 19? Por enquanto, trata-se apenas de uma especulação, a qual os fatos históricos haverão de confirmar ou negar. Vejamos...   No início do século 20, Russellproferiu um exótico discurso intitulado - "Quem Pode Conhecer os Segredos de Deus?". No decorrer deste, ele declarou:


"... porque desejo chamar sua atenção para o fato de que o próprio Deus Todo-Poderoso é fundador de umasociedade secreta... Ao longo da Era do Evangelho tem existido uma Igreja externa de Deus e outra Igreja verdadeira que estava oculta. O mundo já viu a Igreja externa, porém não a oculta... esta magníficasociedade secreta que o Senhor organizou..."


Para aqueles que têm intimidade com os conceitos maçônicos tais palavras são bastante familiares. Muito embora a Maçonaria, na atualidade, negue ser uma sociedade secreta, ainda assim admite o caráter sigiloso de seus símbolos e   do reconhecimento mútuo dos membros de sua 'irmandade' ao redor do mundo. Dessa forma, o termo 'sociedade secreta' dificilmente ajustar-se-ia ao vocabulário cristão, sendo mais facilmente associado ao jargão maçônico. Teria Russell  escolhido tais palavras ao acaso? Ou as teria tomado emprestadas da Maçonaria?   Se a declaração acima servisse de alicerce único para estabelecer uma linha de conexão entre Russell e a Maçonaria - sem dispor de outros indícios a apoiar tal hipótese - estaríamos diante de uma  inconsistência notável. Todavia, não é este o caso. Prossigamos em nossa tarefa de reconstituir fatos passados.      Em Novembro de 1913, Russell  proferiu outro discurso - na sede maçônica de Pasadena-California,  no qual emitiu as enigmáticas palavras:

Estou muito contente em ter esta oportunidade particular de dizer umas palavras sobre algumas coisas de comum acordo com nossos amigos maçons, pois estamos falando em um edifício consagrado à Maçonaria, e porque, ademais, nós também somos maçons. Eu sou um Franco-maçom livre e aceito... Eu creio que todos somos... Não vou falar nada contra a maçonaria... De fato, alguns de meus melhores amigos são maçons e eu reconheço que há certas verdades preciosas que são sustentadas em parte por nossos amigos maçons."

Proferir tais palavras hoje, da tribuna de uma congregação das Testemunhas de Jeová, acarretaria  conseqüências gravíssimas .  O pronunciamento do 'pastor' diante da comunidade maçônica não foi um evento secreto. Ao contrário, acha-se registrado, em sua inteireza, no compêndio 1913 Convention Report  . Extraímos um trecho particularmente impressionante:

Tradução:


"É assim... O Grande Mestre Artífice da nossa Alta Ordem de Maçons Livres e Aceitos, o Senhor Jesus Cristo, lançou a fundação de tudo; como a bíblia diz, Outra fundação nenhum homem pode lançar que não aquela que está lançada, Jesus Cristo. Ele tem a fundação da alta e aceitável maçonaria, e tudo o que pertence a ela"


   Diante das graves implicações da declaração acima, dificilmente uma Testemunha de Jeová hoje daria crédito a esta evidência - preferindo supor que se trata de uma fraude -. É compreensível que aja assim, pois a maioria dos adeptos sequer conhece o compêndio acima citado e muito dificilmente teria acesso a algum exemplar remanescente dele após quase 90 anos.  Poderemos verificar um paralelo de símbolos comuns às duas entidades, num livro intitulado,  The Watchtower and the Masons ('A Torre de Vigia e os Maçons'), de FritzSpringmeier.

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